quarta-feira, 2 de novembro de 2016

GLÓRIA

A glória. Outra vez a glória. Foi no Pinguim com a "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro". É certo que há outros mais badalados, mais inchados, mais requisitados pelas mulheres. Mas eu sou genuíno, como me dizem. O que eu procuro não é só para mim. É para uma comuna livre, é para o ser humano. Por isso continuo a desafiar o instituído, a insultar todos os deuses. Xamã urbano. Ouço os espíritos. Gozo com o mundo cor-de-rosa, com as pop-stars. Gozo com as notícias e com os comentadores vendidos. "Sobrinho de Nietzsche", como diz o Nelson de Oliveira, gero estrelas. Caminho entre os homens como entre os animais. Vou percebendo os sinais. Afastai-vos, ó relógios e computadores! Eu vivo. Percorro as ruas. Louco. Tão louco. Nada supera a minha loucura. Vem, mulher, vem até mim. Dar-te-ei reinos de luz.
Explosão! É o caos! O céu rebenta em mil pedaços. O novo começo. O além-Deus.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

A CONA DA PATROA

Na realidade, mantenho as aparências. Passo por intelectual, por leitor voraz, por poeta respeitado e, ao mesmo tempo, ardo de desejo pelo cu da patroa. Ai, aquele cu majestoso, aquelas ancas. Comia-a. Lambia-a. Montava-a. Sou de Sade, de Miller, de Bukowski. Como lhe lambia a cona, animal, deitada. Como ela me mata, me excita enquanto leio Aristóteles. Sou de Satã, sou de Dionisos, sou inimigo dos bons costumes e da mercearia. Ai, patroa, como te mexes, como gemes quando te chupo a cona. Pareces a Serenna, a Lisa, a Minka. Como te como. Como me dás a mama. Ah, patroa. És minha. Dou-te tudo. Todo o dinheiro. Todos os livros. Toda a poesia.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

BRASILEIRA

Manhã cedo n' "A Brasileira". As miúdas saúdam-se: "Bom dia". Devem ter tido uma bela noite de sono ou então uma bela foda. Eu, pelo contrário, levantei-me às 6 da manhã e pouco ou nada dormi. Estou fodido das pernas e da cabeça. Fui ao café do Quim tomar café e ler o jornal. Agora estou n' "A Brasileira". Como disse: não estou nada fresco nem me apetece celebrar a vida. Tomo cafés a ver se acordo. Em Guimarães homenagearam o Luiz Pacheco. Logo parto para Vila Verde, para a Arte na Aldeia.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

DEUS, QUERO UMA GAJA!

Deus,
quero uma gaja
Deus,
eu mereço
passo a vida a escrever
a puxar pela cabeça
a produzir filosofia
a elevar a humanidade
Deus,
vejo tantos gajos idiotas
com gaja
gajos mesmo broncos
cheios de cacau
Deus,
eu crio
eu sou filho de Dionisos
eu mereço a mulher bela.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

DO AMOR

O amor, sim, o amor não é uma questão individual. Nem é somente uma questão a dois. O amor é uma questão da sociedade. Uma sociedade que não sabe dar amor é uma sociedade doente. É uma sociedade amputada. A sociedade não tem só que resolver os problemas dos direitos individuais e colectivos. A sociedade deve ser emoção, afecto. Não pode ser artificial, gélida. O amor diz respeito à sociedade, ao indivíduo, à comunidade. O amor fortalece-nos. Dá-nos vida. Eleva-nos. O amor é a solução.

domingo, 14 de agosto de 2016

MIÚDA LINDA

A miúda linda que está à minha frente mexe no computador. Agora fala ao telemóvel. Oxalá fosse minha. Sou preguiçoso nas tarefas domésticas. Á parte isso tenho poderes. Vou muito longe. Vou do céu ao inferno. Brilho. Não sou o homem comum. Acho ridículos o dinheiro e o mercado. Acho absurda a luta pela vida, a vida de escravos. Mas também acho ridículas as historietas que esses escritores escrevem. O ponto fulcral está na vida que levamos. Até posso estar sentado à mesa num café de Braga a escrever sem que se passe nada de extraordinário mas sei que, pelo menos, estou a viver e a observar as miúdas lindas. Não preciso de estar sempre em êxtase. Eu sei que não estou a lutar por nada, que não estou envolvido em nenhuma competição, que não procuro nenhum prémio. Conquistei o meu espaço, não tenho um trabalho imposto, pouco ou nada tenho de imposto. No fundo, sou uma espécie de deus, de senhor. Um senhor sem escravos. Tem sido um longo caminho desde os 18 anos, desde que comecei a sair à noite em Braga, desde os Doors e os Pink Floyd, desde as primeiras leituras. Depois vieram as patadas, as grandes depressões, as alucinações. Sim, vivi muito. Vivi a santa loucura. O álcool, os vidros partidos, as ameaças, as bebedeiras. A puta do rock n' roll. Que vida! Só que há dias em que ando adormecido. Em que me sinto fraco. Em outros, pelo contrário, cavalgo o apocalipse. Os guerrilheiros, os atentados vivem em mim. Até parece que comando exércitos. E não me venham dizer que são alucinações. É mais do que isso. É Artur. É o Graal. Sou aquele que arde. Sou aquele que bebe do infinito.

domingo, 31 de julho de 2016

O PREÇO CERTO

São empresárias. Arriscaram. Têm sucesso. Nascidas para vencer. Implacáveis. Doentes, coitadas. Subiu-vos à cabeça. Sois umas tolas. Não sois do meu mundo. Eu sou o rei. A gentalha desce. Celebra. O palhaço gordo. As gajas boas. É o fim, amigo querido. O caminho da imbecilidade. Rio. Gozo. Primarismo intelectual. "O Preço Certo". Primatas. Ai, céus, eu poderia ser Deus. Só preciso de umas gajas como a Lenka, como a Minka. Presentes para o gordo. Champanhe. O gordo engorda. A populaça. É uma alegria. A populaça bate palmas. Já cá faltava o presidente da Junta. Mais presentes para o gordo. O gordo explode. Nossa Senhora. Tanto imbecil. Sobram as gajas. Fala para aí, ó gordo, enquanto eu bebo. Porra, pá, os gajos só te dão presentes e vinho. Passa para cá. E a gaja manda beijinhos para toda a gente. É só amor. E o outro atrasado mental. O que é faz na vida? Conspiro, ó imbecil. Estou a fazer uma análise sociológica do teu programa. Foi o curso que tirei na Faculdade. Ganhou uma frigideira o atrasado mental. Acerta no gordo. Acerta nas mamas. Morte ao gordo e a todos os imbecis. Viva o atrasado mental. Publicidade.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

GLÓRIA

Finalmente, a glória. Outra vez a glória. Em Braga, no Juno. Miúdas em transe, miúdas a abraçarem-me. Ao som de mim, ao som do Jim. Em Braga arde sempre mais. Foi um happening. Apocalipse Now com a Rosa pelo meio. Agora reino no apocalipse. Podeis vir, ó censores, com competições, com atropelos, com lutas pela existência. Eu estou para lá. Não sou do vosso código, do vosso ADN. Eu estou em glória e quero transmitir a minha glória aos meus companheiros e companheiras e a outras e outros que o mereçam. Não, já não vou em futebóis. Nem em triquinhas de terceira. Reino, como Artur em Camelot. A glória. Outra vez a glória. E as gatas passam diante de mim. O meu reino perdido em Braga.

sábado, 11 de junho de 2016

LOUCO

Louco. Sou o mais louco. Se soubésseis. Sou como Mário de Sá-Carneiro ou Salvador Dali. Visto esta pele de senhor respeitável. 48 anos. Mas, na verdade, apetece-me desatar aos berros, aos poemas doidos. Não tenho limites. Olhai, até já fui candidato a Presidente, a deputado, a presidente de Câmara. Contudo, não suporto esta realidade. Apetece-me pintá-la de amarelo. Que surjam unicórnios e duendes! Que tudo se vire do avesso! Olhai, oxalá andasse sempre bêbado, a cantar na rua, a insultar Deus e os poderes. Olhai, sou mesmo louco. Faço piruetas, equilibrismo. Os normais aborrecem-me de morte. Sou louco, sou o mais louco de todos.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

O IMPÉRIO ACABOU!

Revolução. Ressurreição. Auto-sacrifício apocalíptico. Jesus e Satã. Regresso ao Paraíso. Todo eu sou luz. Todo eu sou vinho. Dai-me mulheres belas. Deixai-vos de conversas tolas. Todo eu sou sangue, incêndio. Vendilhões, ides conhecer a minha ira! Nem vós vos safais, ó criaturas da vida tranquila. O whisky jorra. Trago a espada. Não suporto formigas agarradas ao dinheiro. Eu vim cantar e celebrar a revolução. Eu vim insultar os credos e a moral. Eu vim para além do bem e do mal. Não suporto as vossas conversas. Reino. Gozo. Sei. O Império acabou!

segunda-feira, 16 de maio de 2016

A VIDA É NOSSA

Braga. Hoje faço 48 anos. Já não sou um jovem. Tenho-me dedicado a observar o homem e o mundo. Para quê tanta pressa, tanta sofreguidão? Para quê perseguir a recompensa que nunca mais vem? Ou então olhar para aqueles palhaços imbecis na televisão ou para as vedetas que vivem por nós. Não, não vim para isto, tenham paciência. Aprendi com outros a liberdade. Não vim atrás da felicidade da maioria, nem vim dizer banalidades. Acredito num homem infinito, absoluto, num homem capaz de se transcender. Não sou dos macacos que seguem e trepam. Sou do homem que bebe e voa. Aos 48 anos publiquei livros, fiz performances, disse poesia, publiquei em jornais, revistas e fanzines, participei em actos revolucionários. Fiz o que havia a fazer. Cometi os meus erros, naturalmente. Não me arrependo. Nunca me vendi. Não sou como essas patas-chocas da TV. Claro que preciso de ir à TV dizer a palavra. Dizer o que os outros não dizem. Segui o caminho dos malditos. Nada a fazer, minha rica. Eles bombardeiam-nos todos os dias. Eles tentam fazer-nos a cabeça todos os dias. Docemente. Suavemente. Temos de contra-atacar. A Vida é nossa.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

MENINO E BAILARINO

Creio que já sou capaz de expor as minhas ideias em público fluentemente, sem recorrer à cábula, como ontem no "Rés-da-Rua". Obrigado, "Rés-da-Rua"! Sim, já não é só dizer poemas, é ser o profeta do apocalipse, modéstia à parte, diante da menina bonita. Penso que chegarei lá, a Jesus, a Marx, a Bakunine, a Jim Morrison, a Nietzsche. As minhas capacidades mentais e espirituais estão intactas, até se estão a alargar. E depois aparece este anjo a varrer. Pedro, és uma estrela. E já não estás teso. Aprendeste na selva com alguns amigos, com algumas amigas. Aprendeste nos livros e nas canções. Aprendeste na noite, nos bares e com as putas. És mesmo uma puta do rock n' roll. Não és do sucesso, do mainstream, não vendes aos milhares. No entanto, sabes que a tua hora chegará. Normalmente até és boa pessoa mas tens aquele jeito dionisíaco, demoníaco que te faz gritar e partir vidros. És o mais louco dos poetas. Brindas ao caos, bebes até cair. A dama chama-te. É linda. Varre o chão. E eu sou Satã. Sade. Maldoror. As gajas belas fazem-me beber. Especialmente quando servem o Senhor. Eu era um puto tímido e inocente que pensava muito. Dava a mão à Gina, a minha namorada do Colégio da Trofa. É um mundo que já não existe. Ganhei vícios. Apanhei patadas. Tornei-me uma estrela do rock n' roll. Mesmo não reconhecida. Eles e elas vêm ter comigo nos bares, nas discotecas. Eh, pá! Sou diferente. Sou uma puta. Sinto-me no céu entre as mulheres. E, aliás, o que é que tenho a perder? Nada! Absolutamente nada! Posso reinar. Tenho a vida toda à minha frente. Ainda não parti como tu, Jim. Sou louco divino. Felizmente tenho amigos e amigas do coração. Atravesso a melhor fase da minha vida, à parte os problemas físicos, Gotucha. Ando de bar em bar à procura. Santa loucura, como tu, António Manuel Ribeiro. Como tu, Jaime. Como tu, Zé Pacheco. Farto-me da maioria dos homens. São uns atrasados mentais. Só quero mulheres bonitas. Danço com os deuses e com os espíritos. Sou Xamã, sou Dionisos. Louco, em delírio, como Hamlet. Shakespeare está aqui. Dostoievski está aqui. Morrison está aqui. A vida é um experimento permanente, como dizia Nietzsche. Sou o menino e o bailarino. O resto é conversa.

sexta-feira, 25 de março de 2016

EM BRAGA, A CELEBRAR O APOCALIPSE

Hoje é daqueles dias em que escrevo sem parar
são coisas armazenadas nos últimos tempos
o caos, o apocalipse, as bombas, o terrorismo, o capitalismo
andei por Braga de bar em bar
a celebrar o apocalipse
não sei explicar
talvez eu seja mesmo uma espécie de profeta
o poeta dos novos tempos
talvez eu seja mesmo um predestinado
um cavaleiro do Santo Graal 
o que é certo é que certos poemas, certos textos
batem certo
como profecias
estou aqui e estou além
whisky, dá-me forças
que eu estou a chegar lá
ai, como ardes
como fazes de mim um rei
afastai-vos, ó versejadores da corte,
nada tenho a ver convosco!
Sou da raça dos malditos
dos renegados de todas as eras
mas agora chegou a nossa vez
de triunfar
nós, os vencidos da vida
os suicidas
os deprimidos
vamos triunfar
sobre vós ó moedeiros imbecis
de qualquer forma,
o caos está instalado
nada há a perder
dancemos
celebremos o novo mundo
o novo nascimento da espécie
bebamos até ao fim
brindemos ao caos
e ao super-homem
o deus-dinheiro morreu.

quinta-feira, 24 de março de 2016

O APOCALIPSE

É o caos. O apocalipse. O "Apocalypse Now" de Coppola com Marlon Brando no papel de xamã. Jim Morrison, o outro xamã, tinha razão. "The End". "Perdidos num romano deserto de lágrimas/ com todas as crianças atacadas pela loucura". Terrorismo e capitalismo batem-se na arena global. Fanáticos de Alá chacinam inocentes, enquanto que a sociedade mercantil vai matando o Homem. No future. Não há saída e muitos escolhem o caminho do fanatismo religioso, de Marine Le Pen ou de Donald Trump. Tudo vai acabar para começar de novo. O homem chacina-se e atropela-se na arena. Este mundo não tem cura. Um novo mundo nascerá das cinzas, um mundo de amor, de paz, de criação, de liberdade, de irmãos. O super-homem reinará sobre a Terra.

quinta-feira, 17 de março de 2016

MÁRCIA

Estou possesso. Estou aqui e não estou. Elmos. Batalhas. Armaduras. Rei que sou. Quero mulheres. Afinal a Vida é minha. Devo gozá-la em pleno, em grande. Não como estes limitados que cumprem ordens. Eu alcancei o Céu. Eu já fui Jesus e até Deus. Não, não me contento com a vossa existenciazinha. Eu quero a Glória. Agora que o espírito se liberta. Dai-me reinos! Sou louco divino.. Quero as gatas da TV. Quero a Márcia.

sábado, 12 de março de 2016

POETA BÊBADO

Poeta bêbado. E daí? Já me chamaram tanta coisa. Bebo e assumo que bebo. Nem sequer bebo todos os dias. Mas há dias, noites em que abuso. Preciso beber para me vingar deste tédio. Poeta beat. Poeta bêbado. Hoje nem sequer tenho dinheiro para a cerveja. No entanto, o álcool auxilia-me na catarse, na inspiração, na iluminação. A mente abre-se. Nada devo aos poetas abstémios. Bebo e ardo. Platão escreveu "O Banquete". As portas abrem-se. Todo eu sou magia e criação. Não me venham com moralismos. Eu sou de Dionisos. Danço, canto, encanto. Sigo o caminho da hybris e da louca sabedoria. Desejo as mulheres belas. Celebro o triunfo da Arte sobre a sobrevivência. Celebro o feriado permanente. Celebro a morte da castração e da finança.

quarta-feira, 9 de março de 2016

LIBERTAÇÃO

A maioria das pessoas não são como eu e como outros. Não são capazes de se elevar nem de arrancar os demónios que têm nas suas profundezas. Temem o outro lado, temem até a beleza. Vivem acorrentados numa normalidade patética. Nunca se transcendem, nem quando bebem. Por isso são incapazes de compreender a maravilha. Nunca voam. Estão sempre presos à terra. E nem sequer procuram o encontro inesperado, nem sequer procuram o artista. Por isso a vida deles e delas é tédio. Raramente têm uma conversa elevada. É preciso que surja alguém a provocar. E mesmo assim...viver para comer, viver para sobreviver, não serve, não presta. E os dias sempre iguais. A rotina. Que vida é esta? Para quê vir ao mundo? Não, a culpa é dos castradores mas também é dos castrados. As pessoas precisam tomar consciência de que estão a ser humilhadas. É preciso expulsar esses cabrões castradores da Vida. Elevemo-nos. Procuremos a beleza. Unamos a beleza com os anjos e demónios interiores e criemos. Libertemo-nos. Atravessemos para o outro lado. Exploremos toda a maravilha e toda a loucura. Celebremos. Tornemo-nos espíritos livres. Dancemos nas ruas. Dancemos nas barbas deles. E aí derrubaremos toda a castração e toda a polícia.

domingo, 6 de março de 2016

CÉU

A Céu regressou. Faz-me beber. Excita-me. Até já esqueci o episódio da "Mirita". Bebamos, pois. Celebremos, pois. Não somos nós filhos de Bukowski e de Henry Miller? Porra para estes macacos, para estes quadrados! Haja mulheres belas. E que se foda o dinheiro! É para gastar de qualquer maneira. Reinemos, pois. Não há limites. A conversa até está interessante aqui no tasco. Bebamos, pois, ó poeta! Que isto está a render. Que se foda o dinheiro! Queimemos o dinheiro! Sempre temos a Céu. Faz-nos ressuscitar. Obedeceis ao sistema, ao patrão, ao governo, à União Europeia, não é? Então ficai aí enquanto eu gozo, enquanto eu bebo, enquanto eu vivo. Nada como uma bela mulher para nos agitar. Eu bebo, sou poeta bêbado e assumo. O álcool e as mulheres belas fazem-me escrever. O resto é conversa. Barca de loucos. Já cantava o Jim. Olha, este faz gestão. Trabalha muito. Ah!Ah!Ah!Ah! Continua a trabalhar. Consolida, filho, consolida. Enquanto isso eu incendeio. Olha estes armados em violentos. Ainda por cima com contrato. Mas a Céu beija-os. Dá-lhes ternura. Andaram a partir o Shopping. Bom sinal. Temos anarquistas. Ó poeta, está a chegar a tua hora. Ai, Céu, como te quero. Pronto, o gajo começou a falar de futebol. Fodeu tudo. Olha o casaquinho. Olha a figurinha. Filhos da puta. Viva o padre Mário que me publica! Olha, estes tomam meia de leite. Meia de leite? Deixa-me de rir. Copinhos de leite. Tu, realmente, Pedro, não és daqui. Senta-te no meu colo, Céu. Por ti ficava toda a noite. O que realmente interessa não é o dinheiro mas o agarrar o instante, o ser ousado. O que realmente interessa é gozar a vida.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Dona Respire

Façamos um Brinde
Tomar uma cevada no Lemos para que eu saia a respirar como uma dona.
Por que sem pressão não há poeta, nem prosa, nem paixão, sendo assim, o poeta morre afogado no beirão.
Não há o que gritar, mas ainda assim o homem vira bicho.
O bicho já não quer ser urso, nem águia nem leão.
Há troféu???
-Já não há troféu para pesca de peixe espada.
Haveremos de contemplar com troféu, se por acaso encontrarmos homem espada, de grandes forças, de barca, de cavalo, de s  pé dois, porém de espada ajeitada.

O tango já não é argentino, quer sassaricar em Amsterdão.

O verme que se arrastava nas avenidas iluminadas do Kuito ,se sente em Milão.

A dama já não quer o luxo parisiense, esta apaixonada pelos ares do gabão.

Se inferno deseja casar-se com céu, que este, pelo menos, seja macho campeiro.
Que céu seja uma amazonas pura, louca, madura, arraigada e boa nas estribeiras.
Ele que se mate de tanto tentar lhe arrancar a doce e celeste pureza, e que ele não a canse, nem a desiluda com espada de mentirinha.
Inferno que não fique, no tal esconde-esconde.
Enviaremos um corisco à Herus, anunciando a marcha nupcial.
Nestas mil semanas de núpcias, que assim seja, caia de céu suco de uvas frescas, que os bramidos de inferno, sejam como raios,perdendo o tino, o azimute a trotear a tal amazona indomável e faceira.
Como castigo e praga, de segunda à sexta-feira lançaremos aos eunucos orgasmos "neuromentais'.
Pangéicas ,
Fogosidades nas entranhas, ardor de gengibre com doce de mel e murganheira.
A chuva de uvas frescas continuarão a cair de céu e inferno se desfalecerá em transe. Como a maça no licor de vinho madeira, como pimenta malagueta em molho de abacaxi e    frutas da ribeira.
Sobremesa de sonhos enrolados em canudo de macaxeira.
O mel a descer montanhas abaixo, céu tombará inferno de tanta briga de penas .
Pauladas de ramos de aroeira.
As noites serão mais cálidas, onde raios brigarão para que céu chore vida na terra.

Inferno será sempre quente e apaixonado pela doçura da noiva matreira, arrebatará como luz e frutos nas flores de amendoeiras.
Trovejará nas madrugadas calmas e zombeteiras.
Uivará como lobos nas brenhas das cerejeiras.
Cantará como narcejo nos noites frias e namoradeiras.

Somente depois que Hérus pedir permissão aos deuses e sabatinar inferno tal como
 *Manda a lei*
Se inferno mata mosquito no tapa.
Pesca peixe na fisga.

Mata galo na ponta de flecha.

Abre olho e não pisca.

Mata o inimigo no peito.
Não abandona a amada no leito.

Cospe no chão e não seca.

Sente dor mas não grita.

Limpa o sibiloso com folha urtiga.

Cura com fezes de taturana cabelo de fogo, as feridas.

Tenha sangue na guelra.

Tenha pelo na venta.

Tenha voz e encanta.

Coma farinha com almíscar.

Lambe capim com urina de formiga.

Espanta marimbondo chumbinho com suor de subaqueira.

Mata piolho com suadeira.

Bebe água de regato.

Bebe leite na folha de roseira ou direto da teta.

Toma banho e se esfrega com lixa.
Mata cobra com cacete.

Que vá caminhando descalço, de Aveiro  até Cete .

Mata leão no porrete.

Cachorro no grito.

Come arroz com palito.

Empina pipa com espinho de ouriço.
Pegue crocodilo com chouriço.

Dorme na ponta de espinho de laranjeira.

Atravesse rio, correnteza e mar no braço.

Pega libélula no laço.

Faça mariposa virar borboleta.
Borboleta virar fada.

Fada virar mulher.

Mulher virar fada.

Que se livre do laço do passarinheiro.
Coloque chumbo no cano da espingarda.

Que faça chover a cantar debaixo do chuveiro.

Que seja novo, meia idade ou velho.

Mas que saiba dar beijo.

Mas que saiba envergar o aço.

Mas que saiba dar no couro.

Que saiba dar abraço.

Que tenha fé.
Que ame a mulher.

Saiba andar no fio do arame farpado.

Que caia no fundo do poço mas saia na base do regaço.

Que fale a língua dos anjos.

Que reze a ladainha de todos os santos.
Que fale com deus.
Que se reúna com zeus.
Que consulte morféu.
Que troque as voltas à zebedeu.

Que caia em tentação e tenha bom ânimo.
 Que tenha bom coração.

Que cante.

Que dance.

Que encante.
 Que caia.
 Que levante.

Que saiba colocar grão no prato.
Que saiba colocar grão no bico.

E que ao cuspir mate três patos.
Que se livre dos inimigos.
Que não deva ao fisco.
Que não se mate por vergonha!

Sendo assim, talvez se realize a cerimônia em terras da babilônia ou patagônia.
Portugal ou brasil.
Itabirito ou congonhas.
“Quiça” na Terra encantada de Dona Cegonha.

Helaine Silva-01/03/16
Minas Gerais-
Recados de Madame Spilycute.
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Gosto
Adoro
Riso
Surpresa
Tristeza
Ira
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Façamos um Brinde
Tomar uma cevada no Lemos para que eu saia a respirar como uma dona.
Por que sem pressão não há poeta, nem prosa, nem paixão, sendo assim, o poeta morre afogado no beirão.
Não há o que gritar, mas ainda assim o homem vira bicho.
O bicho já não quer ser urso, nem águia nem leão.
Há troféu???
-Já não há troféu para pesca de peixe espada.
Haveremos de contemplar com troféu, se por acaso encontrarmos homem espada, de grandes forças, de barca, de cavalo, de s  pe dois, porém de espada ajeitada.

O tango já não é argentino, quer sassaricar em Amsterdão.

O verme que se arrastava nas avenidas iluminadas do Kuito ,se sente em Milão.

A dama já não quer o luxo parisiense, esta apaixonada pelos ares do gabão.

Se inferno deseja casar-se com céu, que este, pelo menos, seja macho campeiro.
Que céu seja uma amazonas pura, louca, madura, arraigada e boa nas estribeiras.
Ele que se mate de tanto tentar lhe arrancar a doce e celeste pureza, e que ele não a canse, nem a desiluda com espada de mentirinha.
Inferno que não fique, no tal esconde-esconde.
Enviaremos um corisco à Herus, anunciando a marcha nupcial.
Nestas mil semanas de núpcias, que assim seja, caia de céu suco de uvas frescas, que os bramidos de inferno, sejam como raios,perdendo o tino, o azimute a trotear a tal amazona indomável e faceira.
Como castigo e praga, de segunda à sexta-feira lançaremos aos eunucos orgasmos "neuromentais'.
Pangéicas ,
Fogosidades nas entranhas, ardor de gengibre com doce de mel e murganheira.
A chuva de uvas frescas continuarão a cair de céu e inferno se desfalecerá em transe. Como a maça no licor de vinho madeira, como pimenta malagueta em molho de abacaxi e    frutas da ribeira.
Sobremesa de sonhos enrolados em canudo de macaxeira.
O mel a descer montanhas abaixo, céu tombará inferno de tanta briga de penas .
Pauladas de ramos de aroeira.
As noites serão mais cálidas, onde raios brigarão para que céu chore vida na terra.

Inferno será sempre quente e apaixonado pela doçura da noiva matreira, arrebatará como luz e frutos nas flores de amendoeiras.
Trovejará nas madrugadas calmas e zombeteiras.
Uivará como lobos nas brenhas das cerejeiras.
Cantará como narcejo nos noites frias e namoradeiras.

Somente depois que Hérus pedir permissão aos deuses e sabatinar inferno tal como *Manda a lei*
Se inferno mata mosquito no tapa.
Pesca peixe na fisga.

Mata galo na ponta de flecha.

Abre olho e não pisca.

Mata o inimigo no peito.
Não abandona a amada no leito.

Cospe no chão e não seca.

Sente dor mas não grita.

Limpa o sibiloso com folha urtiga.

Cura com fezes de taturana cabelo de fogo, as feridas.

Tenha sangue na guelra.

Tenha pelo na venta.

Tenha voz e encanta.

Coma farinha com almíscar.

Lambe capim com urina de formiga.

Espanta marimbondo chumbinho com suor de subaqueira.

Mata piolho com suadeira.

Bebe água de regato.

Bebe leite na folha de roseira ou direto da teta.

Toma banho e se esfrega com lixa.
Mata cobra com cacete.

Que vá caminhando descalço, de Aveiro  até Cete .

Mata leão no porrete.

Cachorro no grito.

Come arroz com palito.

Empina pipa com espinho de ouriço.

Dorme na ponta de espinho de laranjeira.

Atravesse rio, correnteza e mar no braço.

Pega libélula no laço.

Faça mariposa virar borboleta.
Borboleta virar fada.

Fada virar mulher.

Mulher virar fada.

Que se livre do laço do passarinheiro.

Que faça chover a cantar debaixo do chuveiro.

Que seja novo, meia idade ou velho.

Mas que saiba dar beijo.

Mas que saiba envergar o aço.

Mas que saiba dar no couro.

Que saiba dar abraço.

Que tenha fé.

Saiba andar no fio do arame farpado.

Que caia no fundo do poço mas saia na base do regaço.

Que fale a língua dos anjos.

Que reze a ladainha de todos os santos.

Que caia em tentação e tenha bom ânimo.

Que cante.

Que dance.

Que encante.

Que saiba colocar grão no prato.

E que ao cuspir mate três patos.


Sendo assim, talvez se realize a cerimônia em terras da babilônia ou patagônia.
“Quiça” na Terra encantada de Dona Cegonha.

Helaine Silva-01/03/16
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