sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
QUE REINEM DIONISOS E AS BACANTES!
A mulher dos livros apareceu e quer mesmo comprar os meus livros. Como Bukowski tenho que manter uma disciplina de escrita. E escrever estórias, nem que sejam auto-biográficas. A confeitaria está quase deserta. É Natal e o Natal nada me diz. Preciso de outro café senão morro de sono. Acordei muito cedo. A Ana tira bem os cafés, curtinhos. As mãos tremem. Têm dificuldade em segurar a chávena. Talvez acabe como o Bukowski. Pelo menos vou aparecendo nos media. Vamos ver o que dá o "Beat". Que tenho talento já não tenho dúvidas. Queria ir viver para Braga para junto daquela de que tanto gosto. Para isso precisaria que os jornais me pagassem mais. No entanto, não há dúvida de que estou no bom caminho. Mais tarde ou mais cedo a coisa vai estoirar. Sou um gajo porreiro, um tipo sincero mas também um indivíduo perigoso. Agora até tenho um jornal, "A Rebelião". Não sei, não sou como os outros. Quando começo a beber a valer quero a festa permanente, o banquete permanente, não este tédio, não esta falsa alegria. Sim, eu vou alcançar as alturas. Não me contento com mediocridades. Fui lançado para aqui pelos céus, fui abençoado. Agora compreendo. Outros, outras também o foram. Uma minoria. Essa minoria já sofreu muito. Não fomos feitos para a norma, para a ordem, para a troca. Queremos caminhar livres. Queremos dançar. O dia é nosso. A noite é nossa. Evoé! Que reinem Dionisos e as bacantes!
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Recados de Paris
Os enganos e verdades
sobre algumas mulheres.
Há
mulheres que amam , simplesmente amam, o
homem que entra na vida delas e aceitam a luta dela pela vida, seus defeitos,
suas dores, sua juventude, seu prazer ,
suas dificuldades, seus dramas, enfim , ama-se este homem pelo seu gesto de
dedicação, prontidão, delicadeza, presença, amor, sexo, comida, dinheiro,
passeios, sorrisos, viagens, apartamento, idas e voltas.
Esta mulher é pura, não optou por estar a
trabalhar em bares por gostar e sim por necessidades, recomendo ver a novela
Turca Mil e Uma noites, onde a mãe se vende para salvar a vida de um filho.
Eu
perdi muitas coisas na vida, minha infância no campo a plantar, minha
adolescência com muitas necessidades onde tinha que vestir uma calcina enquanto
a outra estava a secar, os tênis eram de
plástico e sempre que molhavam ficavam
com muito mau cheiro, não havia dinheiro para comprar cremes, perfumes, e ainda
muito menos para pensos(modess), pois ainda era usado os forrinhos.
Cresci vendo minha mãe doente e não sabia o
que fazer, pois havia dias que só havia feijão e macarrão para preparar e comer.
Outras
vezes ficava controlando a galinha no ninho para que ela botasse o ovo
rapidamente enquanto o estômago doía.
Eu
não tinha bons resultados porque meu pai
sofria e gritava muito com minha mãe, com todos, ele dava duro na horta para
plantar nosso sustento e dava duro do trator do seu trabalho e ainda dava duro
na serralheria ,onde acabou pro ficar surdo de tanto bater marreta.
Eu
saía as 5 da manha no escuro sozinha para aulas , já chegava transpirada na
escola, com cheiro forte e as vezes pé cheio de lama, todos riam, me chamavam Aninha do pé vermelho, pé de
pombo. etc
A minha euforia sempre foi aumentando, porque
como percebia que era pobre, não tinha amizades e ninguém vinha fazer trabalhos
na minha casa, diziam que iam lá ter, minha mãe fazia café e bolo para esperar
por minhas colegas e nunca foram, eu
fazia as cartolinas mais lindas da sala, com muito capricho e dedicação, minha
mãe ajudava –me e dizia que teria a maior nota, e assim sempre foi, fui líder de
turma desde a primeiro série com direito a escolher os temas dos trabalhos e
sempre colocava muitos nomes nos grupos.
Minha
mãe sempre sofria muito ,chorava, ficava nervosa e eu não conseguia entender.
Com
o tempo fui percebendo sobre a depressão e questões que estavam ligadas a
problemas espirituais e de antepassados.
Eu
caminhava todos os dias, com sol ou com chuva , onde um dia lhe mostrei, mais
ou menos meia a 1 hora .
Eu
sempre que podia juntamente com minha mana, vendíamos galinhas , ovos, legumes
e frutas, para comprar um creme ,sabonete ou uma roupa.
Não
tinha televisão, não tinha sofá, as camas tinham palha no colchão ou capim, nos
travesseiros era de flor de Marcelinha do campo, hoje caríssima e só para gente
fina, mas antes nos criticavam, sempre fomos do campo, da lida, somos
descendentes de portugueses, nunca paramos de buscar melhorias.
A
horta tinha de quase tudo, e ainda vinham as pessoas para pegar de graça,
inclusive parentes, que se enfardarão às custas do meu pai e mãe, que hoje nos
viraram as costas ,deve ser de vergonha ,por ver nossa luta de todos os dias.
Eu
minha mana sempre fomos à luta, mas muitas vezes falhamos não plano estratégico,
por exemplo, fomos apanhar umas pimentas
do colégio e resolvemos “mocar” ‘umas, mas ela não me ouviu, deveríamos
vende-las bem longe, a vizinha dedou nos, lascou tudo.
Mas tudo foi muito bom, porque nossa luta
nunca parou, os rapazes nunca nos
queriam porque éramos bonitas, trabalhadoras e
morávamos na roça e com pai bravo.
Eu era feinha, magricela e queria ir para Europa,
fazer artes, mas não era fácil a vida.
E quando cansei -me de ser humilhada, era bonita,
virgem e jeitosa, todos viviam criticando ,colocando defeito onde não existia.
Eu
vivia bordando para um dia me casar, cansei me resolvi mudar meu destino e foi
para sempre.
Eu
fui para Portugal, sem saber da cultura, realidade e crua de tudo e, muitos das
minhas dores tu não viu, e ao aparecer, eu vi nos teus olhos o Rei da minha vida,
o homem que sempre sonhei.
Alto,
alegre, sociável, lindo, olhos claros e de bom coração eu
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii naquele dia, e amei
de mergulhar de cabeça, mas não dizia nem demonstrava muito.
Eu
amei -te com todas as minhas forças e tu descobriu isto logo no primeiro dia,
que nunca mais saiu da minha memória certamente também da tua.
Eu
vi teu sofrimento por tua ex, por tuas filhas, eu não queria homens com filhos,
mas amei você da maneira que eras, simplesmente da maneira que tu seria feliz
E
todas as vezes que viajava eu chorava, porque eu te perdia a cada dia, este era
meu sentimento, e no fundo eu queria que ti viesse para meu mundo, que assumisse
a minha pessoa inteiramente como eu aceitei por completo, sem medir esforços.
Achei
te muito duro com tua mãe e,eu sei que fiz o melhor para tua reconciliação
com teus pais.
Sempre
achei- te muito gastador e não fazia seu
pé no futuro, mas tu achava que era daquele jeito, te amei assim, mesmo.
Eu sonhei desde o primeiro dia ter filhos
contigo, tu sempre protelava, jogava pra
frente, o certo que amei tuas filhas e nunca pensei que iria perde-las também.
O que
quero dizer - te ?
Tu não
amou com alma, inteiramente, embora fizestes de tudo para que que acreditasse
naquele amor.
Mas
percebi que tinha vergonha da minha irmã, do meu passado e ainda chegou a dizer
que eu me sentiria mais bonita em Luanda, pois só tinha gente feia por lá...
Nunca
desejou vir para o Brasil, casinha amarela, fazenda, barraco, seja lá o que
for, porque não amou me, como eu amei -te, eu fui atrás dos teus sonhos, eu
acreditei nas tuas decisões, e um dia tu
disse que se eu adoecesse entregaria
me para minha família, meu amor começou a morrer naquele dia, pois era
um homem descarado e só queria o lado bom da vida.
Aconteceu,
e tu disseste que dava o “cú’ , mas não
perderíamos nosso filho, e Luanda e tuas decisões mataram minha vontade de
viver e minha saúde.
Mas veja
, eu não morri, não desisti.
Eu
continuo sonhando, porque as tuas falhas não são minhas ,embora eu permitisse
que tu me levasse e mesmo que não
ocorressem as falhas eu não ficaria em Luanda porque o trato era virmos para o Brasil e tu
desistiu ,sendo assim, eu fiz o melhor,
não queria nada de ti, mas já estava grávida e ainda bem que foi tudo como foi,
se desprezou me na doença e agora despreza me ,também desprezou a mãe das tuas
filhas, para que ter filhos com alguém assim?
Deus sabe de todas as coisas.
Agradeço
todos os dias por todo o bem que me fez, e se um homem não pode ter e cuidar de
sua mulher que dizia ser amada, se fugiu na doença, também não vai cuidar na
hora da cura e da saúde.
A verdade é que paixões morrem e a alma fica
vazia.
Eu continuarei te amando como sempre enquanto
tu só fez péssimas escolhas na tua vida, mas é teu karma e tenho que respeitar
tuas buscas e missão, e seguir as minhas.
Não faria nada contra ti, sempre fiz tudo de
bom grado e de peito aberto.
Não me
arrependo de nada, muito menos das minhas decisões, tu nunca me procurou porque
não tem fé na vida, não acreditou no que viu e recebeu de mim,
Felicidade
e muito sucesso.
Quero
ter boas notícias tuas, emagreça, pois do meu lado andava sempre elegante.
Se não
conseguir falar comigo, vou acreditar piamente que me casei com um menino
tolinho ou com um homem da idade média, que de pioneiro nada tem.
Sorria ,
você teve a oportunidade de ter uma doce mulher, desejada e cobiçada por
muitos, artista, inteligente e muito sábia, que não coloca em primeiro plano o
dinheiro e sim a luta dia após dia.
Há
mulheres que não nasceram para lavar
cuecas de maridos, não ter filhos e cuidar dos alheios,
Nasceram
para ter tudo nas mãos a toda hora, com muito esforço e dedicação.
Eu sou
muito feliz e realizada, talvez, se, tu fosse menos orgulhoso seria muito feliz
também.
“Nunca
perca a dignidade” faço das tuas,
palavras as minhas.
Feliz aniversário.....
My love
My Love My Love
Torto, cabeça de alho ChÔ Chô!
Da tua
terna eterna Ana, nem mulher , nem amante, nem esposa, nem mucama.
Madalena
que era tão linda, foi- se que pena.
Voa
borboleta, por que já te prendi demais.
Faça da
minha luta e coragem o resgate de si mesmo o dos teus valores, dinheiro não
compra nem trás tudo.
Estou
aqui agradecendo- lhe com muita gratidão por ter feio o meu resgate, estou ,em troca e como dívida tentado resgatar
o teu lado bom que esta morrendo.
Graciasssss.
Recados de Paris, Madame Spilykute
Dona Oncilda Pintadinha
O mais importante é a gratidão e
compaixão!
O mundo esta carente
de pessoas com ouvidos de luz, esta carente de pessoas com afeto cuidado.
Poucos são aqueles que
caem aqui e que são normais para compreender as vidas ,
as loucuras, o desespero para conseguir um copo com água, uma cama limpa e
quente, um abraço ao fim do dia.
Mais complicado ainda
é conseguir entender que há muitas pessoas que tem muita estabilidade
financeira, emprego, saúde e tudo na zona de conforto e já nada fazem de novo,
nem se quer sonham coisas melhores e com uma gama de potencialidades nas mãos.
Quem sempre esteve
entre o limiar e conquista de um dia de estabilidade, quem já nasceu em crise,
viveu na crise, vive na crise, sobrevive na crise não consegue viver na zona de
conforto, porque nunca lá esteve, por mais de algumas poucas horas.
A luta maior é com o
que não é nosso, e sim o que nos proporcionam de bom, mas por pouco tempo,
e antes que ocorra o chama “acomodar-se”,
precisamos fugir, porque não são nossas conquistas, é a conquista do outro.
Eu já ouvi milhões de
vezes:
Eu sempre te sustentei.
Eu já te dei mais de x
em dinheiro.
Eu já te dei de tudo.
Eu sempre segui de
mãos vazias e leves, porque não levo nada comigo que foi dado sem fraternidade,
a cobrança para mim é como uma traição.
E muitas das vezes
quando quero retribuir, sou “esculhambada”, e distorcem todas as minhas
atitudes e intenções.
Eu sei gritar,
caluniar, berrar, e ser burra como uma manada, posso me armar em matilha e em
leoas, bicho de outro planeta.
Mas sei como é duro a
humilhação de ter que ser “rasteirinha”e “humildizinha”, quando necessitei, quando
precisei, quando tive que pedir ajuda.
Eu já fui muito além do que se pode chamar
pobre, faminta, miserável e só quem anda com lobos sabe angariar o sustento do
dia a dia.
Devo-lhe dizer que sei
perdoar, por que já morri em muitas mãos, já fui peso nas costas de gente que
dizia que me amava, já fui cruz nas costas de quem se fui serva.
Já fui capacho e
tapete de muita gente, que se aproveitaram da minha bondade, origem , falta de
documentos, e falta de informação.
Eu poderia ter ficado
para sempre em Minas, nula e cega para a verdade da vida.
Mas a vida fez me ver
o mundo por outra dimensão, a busca, a dor, a vergonha da doença, a dor de ser
sempre chinelo no pé, a dor de ter que pisar na poeira e ninguém fazer-te de
guia para passar na escuridão ate chegar a casa, ou para pegar um ônibus.
NÃO!
Ninguém vai dizer-me que tem culpa do meu
sofrimento, que a vida é mesmo assim!
Mas muitos viram- me, passaram
por mim, comeram da comida que para mim já era pouco, beberam da água que eu
tinha que buscar no balde, dormiram na
cama que eu havia preparado para descansar.
Não posso chegar, agora,
e ter misericórdia do mundo por isto.
Não posso ter piedade
dos que sofrem, porque se eu estou aqui, muitos chegarão lá...
Não se trata de ter
humildade, trata-se de ter gratidão ,por todos que nos enalteceram e todos que
nos ludibriaram.
Este sim é o amor
infinito...
Porque a nação clama
por mais semeadores, por mais pescadores...
Mas cada vez mais
surgem entre os encarnados os ceifadores das sementeiras alheias.
Eu agradeço- te.
Eu rogo-te louvores e
luz em Deus meu Criador e Mestre Maior, por todas as horas e gotas de vida e
alimento que compartiu com meu corpo, alma e espírito.
Agradeço-lhe a tua
visão multidimensional e em abraçar minha causa, por ver e sentir a minha forma
frenética de viver e sentir a vida.
Agradeço-lhe o fim de
tarde, o cuidado elaborado de si, para receber –me, para minha chegada.
Agradeço-lhe, a tua
nobre riqueza espiritual em conseguir ver - me como sou, simples como sou, com
todas as minhas falhas de Santo André, com meus arranques de furacão verbal.
Sou os espelho dos meus genes, não posso fazer
engenharia –reversa de algumas partes das
minhas “neuromecânicas”.
Não vejo o mundo por uma visão linear e
plácida, vejo por um caleidoscópio Gigante e tudo gira muito rapidamente, não
tenho controle sobre muitas coisas.
Mas vejo, ouço e sinto
tudo com muita intensidade.
Mas não estou no mundo
para o imediatismo, estou para a plena emancipação em mim e no todo.
Somos todos uma rede,
mas muitos andam desconectados da Mater.
Att,
Dona Oncilda Pintadinha
Recados de Mary Ondine
O MAIOR “E
VENTO “ HUMANO.
Este poderia ser, um dia foi, ou um dia distante poderá
ser....Enfim
As pessoas estão prontas para o ataque verbal,
físico e poderíamos ficar a mil anos aqui a teclar uma série de fatos e
situações que o indivíduo encontra para atacar, agredir, se dar bem na vida,
safar-se, competir, se fazer brilhar, dar uma de bom.
A forma mais estupenda é a manipulação, e quando o
indivíduo é surpreendido, entra a mentira para se defender, entra o ataque
inverso, porque ainda que o mundo ofereça uma gama de técnicas e tecnologias, o
indivíduo ainda é primitivo na forma de se defender, ainda é pagão, ainda é
Cristiano obcecado e não operante, é o típico crente, católico , beato, com filtros fracos.
A forma mais perene e interessante é ser
multifacetado, o que é diferente de ser:
“multi-criativo”.
Quando um homem ou mulher vai “trepar” com alguém, muitas
das vezes ele não vai abastecido e cheio de luz divina ou de luz de Deus, ele
ou ela, muitas das vezes vão pelas pimenteiras das entranhas .
Depois se tornam pai o mãe, de um filho ou filha, feito à
sete “pancadelas”, feito em 3 dias de urgia e bebedeira, e com um lucro
exorbitante para as produtoras de bebidas e um desperdício enorme de espermas, com
muitas agravantes adicionais; sem uso de preservativo, cândida e a gravidez indesejada que é o mau
menor, pois o pior vai começar é quando este homem ou mulher perceber que
foi umas fodas e nada mais, que agora vai
nascer “alguma coisa” que não se pode chamar de meu filho, porque muitos
andaram às “pancadelas” no mesmo dia.
“Não posso tirar porque preciso ter uma fonte de rendimento
que me sustente, e este cara vai pagar por tudo que nunca tive , e pagar alto, com
este ou filho ou filha que vem vindo”, elas Pensammmm....
A mente “prostituinte ” quer seja do homem ou da mulher, já
estava antes dos namoricos e “peguetes” de carro, portão e repúblicas para doutores , advogados, mestrados ou pé
rapados, todas as classes e setores da sociedade, populaça e demais Atores
passam pelo estágio da alma “cafétida” e “chúlica”.
Muitas são aquelas que ao receberem a “pensão” levam com o
açoite do mambo do pai e “ex”, que levam
em consideração que precisam de” repagamento”, troca de favor, resolver a maca.
Muitos são aquelas que ladram aos berros para receber a
pensão e se oferecem em último
“Socorro” para ter o
que comer em casa.
Muitos e muitas são e serão aqueles e aquelas, que ainda
trocam favores com seus namorados e maridos.
Muitos são e serão aquelas mães e pais que no último desejo sofrido abortaram
de suas casas e não de seus ventres, a filha ,o filho que em momento algum
pediu para ser feito ,nem pediu para vir ao mundo.
Muitos são aqueles que fazem barganha, marroquinaria com
suas damas, mulheres, filhas, amigas.
O grande evento é perceber que todos são filhos e filhas do
sistema, seja ele bruto ou porco,frenético.
Somos todos participantes ativos para que este ou aquele
sistema mantenha-se ou se desfaça.
Não há quem mostre o caminho da lei, do justo, do Juízo ,uma
vez que cada parcela da sociedade é uma
parte construtora do que” quiça” poderíamos chamar de “Nata” “Malta” “ “Nobres”.
Só há diferença na conta bancária, nos bens, porque os
porcos estão de Norte À Sul do Mundo,
De Leste À oeste do que algures, chamaram ou convencionou-se "TERRA".
“Filosofia da Mente Que Ladra e conspira contra o pensamento”
Mary Ondine
Madame Spilykute
Um Raio de sol.
Um mar...
Leva me contigo.
Para qualquer lugar!
Leva me e fale da boca pra fora.
Não precisa me amar.
Leva me.
Faça me Rainha.
A Lua.
A única.
A Estrela Pura.
A Perfeita Nua.
A Perfeita Pura.
Leva ...
Me...
Pode ser que um dia destes , me torne um átomo.
Um som...
Uma luz tênue...
Uma fonte que já não reluz.
Um beijo que já não seduz...
Leva me enquanto um
raio de sol possa me dar vida.
Leva me enquanto um raio de sol paira em minha cinta.
Leva me enquanto um
abraço me faz sentir Linda.
Leva me,mesmo
que um dia destes, já não tenha sede, nem sonho, nem palavra que desatina.
Antes que meu
silêncio seja solitário como uma ave de rapina.
Recados de Madame Spylikute
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
A GRANDE LAVAGEM AO CÉREBRO
Segundo Erich Fromm, existem métodos de lavagem cerebral na publicidade comercial, industrial e política. Graças a esses métodos compramos coisas que não necessitamos e elegemos políticos que não queremos. O que é pior é que a grande maioria de nós não é senhora da sua mente devido a métodos hipnóides empregues para nos doutrinar. Esses métodos hipnóticos utilizados na propaganda comercial e política constituem um grave perigo para a saúde mental, nomeadamente para o pensamento claro e crítico, bem como para a independência emocional. Trata-se de um fenómeno imbecilizante.
A própria informação, na melhor das hipóteses, refere-se apenas à superfície dos acontecimentos, e raras vezes dá aos cidadãos uma oportunidade de ir além da superfície e de identificar as causas profundas dos factos. A venda de notícias é encarada como um negócio como qualquer outro. Ou seja, estamos perante um sistema fascista que nos controla e estupidifica e poucos têm consciência disso. Tudo é feito no sentido de nos formatar e de nos fazer a cabeça. Permitem-nos beber uns copos, assistir a uns espectáculos, ir a umas festas mas logo voltamos à máquina. Por outro lado, as pessoas sentem-se cada vez mais deprimidas. Sentem o isolamento, a impotência, a vida vazia do consumo e da futilidade, a falta de sentido da vida. É preciso ser, dar, participar e compreender em vez de andar atrás do lucro, do poder, do sucesso. É necessário ler, estudar, desfrutar, procurar, descobrir, amar em vez de competir e lutar. É necessária uma "religiosidade" sem religião que vai de Buda a Marx mas é necessário também um grande grito, um grito que acorde aqueles que estão doentes, que parecem mortos, é necessário um grito profético que derrube muros e muralhas porque, de facto, estamos quase perdidos como espécie.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
ESTA NOITE CRESCI 1000 ANOS
Esta noite cresci 1000 anos. Damásio indicou-me a imortalidade. Ceei com Zeus e Afrodite. Nunca mais serei o mesmo. Combati ao lado de Aquiles e Ulisses. Amo os meus companheiros e as minhas companheiras. Pernoito na casa da amada. Aguardo pelo dia. Nunca mais é dia. Prossigo o poema. Braga, rua Nova de Santa Cruz, 195, 2º, dezembro de 1995. 20 anos. A minha casa. A casa onde amei. Eram sonhos, era a vida. Agora estou aqui. Renascido. Pleno de vida. Com iluminações, vozes e fantasmas. As pessoas olham-me. Tantas noites, tantas vidas. Ácidos e mescalina. A chuva bate. Nunca mais é dia. Sou o mais louco dos homens. Possuo também a sabedoria. A sabedoria selvagem e a sabedoria olímpica. Estive muito tempo calado, a ouvir os outros. Aprendi muito ao balcão a beber cervejas. Agora estou curado.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Casório do Gaiteiro-Carta a um europeu civilizado
Bom dia Senhor Doutor!
A Europa neste ano de 2002, parece ferver pelas tampas e
Beiradas!
Mulheres de
várias regiões da CEE
e de origem latina ,parecem despencar como bananas em nossos aeroportos e
fronteiras.
Mas o que
será que podemos oferecer e proporcionar
a estas mulheres pobres e desprovidas de tudo na vida?
Certamente
umas noites em botecos, puteiros, boates, alternos e jantaradas regadas
de bom “binho” e conversa da treta, poderemos falar com voz de homens que somos pioneiros,
somos descobridores, arraigados e destemidos.
Podemos
até dizer que somos os” fudilhões” ,que somos a nata da malta europeia.
Oh, “kum
caralho” jamais poderemos esquecer
de enfatizar que somos mesmos bons, não somos racistas ,não temos
cismas, nem sestros, não somos esquisitos, não somos porcos, tratamos tão bem
um branco como fodemos a mãe de um preto.
Estas gajas
que estão a chegar precisam de quem lhes foda à maneira ,pois na República das
bananas não há gajos com tomates e colhões como nós por cá!
Oh !meus
cabrões do caneco, o que elas precisam é de comer, foder e arrumar cabelo,
tomar um banho, escovar os dentes e nos servir, pois, sempre fomos superiores e
estamos por cá é pra levarmos a melhor
vantagem sobre todas as nações.
Não se
esqueçam do Tratado de Tordesillhas, dividimos estas terras ao meio, pra não
haver reclamações.
Queremos um mineira
pra nos cuidar do coiso e da cozinha, uma
preta na gaveta, para ter o que lhe meta.
Uma
romena
pequena que foda bem e que pouco nos entenda.
Uma russa
bem “trusca”, pra lavar com a bucha nossas costas lusco fuscas.
Gostamos de
tudo À “fartazana”, patuscadas aí
ou ái.
“Bacalhau `a
men niú, arreais as calças e tomais nos cús.”
Queremos “piperones”,
para dizer que somos o” corni “ comes.
Queremos
lulas frescas, pois por lá passam fome.
Queremos brasileiras À calabresa em nossas
mesas.
Nossas mulheres
não fodem bem só comem nossa pasta.
Conversa da “pachácha”,
queremos é tomar uns copos, e que não
nos fodam o juízo, isto é que é preciso.
Somos os
maiorais, tanto na cama como a limpar currais.
Preto por
aqui é nas obras, ou nas nossas casas a limpar o chão de quatro.
Somos
lusitanos, os “bacanos” os melhores.
Não somos
racistas, e muito menos nacionalistas.
Queremos é
que nos fodam a pasta, pois adoramos
mostrar que temos, e se o vizinho tem mais do que eu, vou logo comprar um BM.
Mais vale
mostrar que posso, do que ter que andar a pé, que humilhante.
E se por
aqui correr muito mau, zarpamos pra”Àfrica , pois lá temos como esconder nossa
pobreza material.
Mais vale
também zarpar pro Brasil, tem gajas boas e fodas, estamos em casa “carago”.
Vamos
vestidos à colarinho para não nos ver com mau aspeto.
Fodas, o que
vale é passar boa imagem.
Vou ser
breve, se receber um futuro sócio e não
tiver casa pra lhe acomodar use a casa da mãe, provoque uma má digestão nele de tanto ele comer
polvo” à mierda ,à la bosta, à la
titica, à la moda ,à la tuti tuti.”
Pegue5 euros
com tua mulher ,sem que ninguém perceba e coloque gasóleo no BM, pra levar
o futuro sócio e exibir a sua máquina,
afinal, somos empreendedores e gestores, não podemos ficar mau vistos.
Se tentar
fazer negócios com um bigalhão, ofereça uma caneta muito cara ,e não pague a aluguel atrasado, no mesmo valor da caneta.
Temos que
impressionar ,ele disse que o Brasil é uma merda, minha mulher é a melhor do
que há, mas concordo com ele, ele é rico e tem grana, não importa ,ele sabe
tudo.
Tenho que
almoçar com ele e minha mulher que se vire e vai de metrô e come umas sandes,
ele é rico ,eu tenho que correr atrás das migalhas dele.
A tua mulher
é de alterne, mas a tua ex ,também foi bem “curta”.
Não faça
pouco, mande ela vestir um saia preta de aeromoça, a mesma que ela assistia a
missa aos domingos no interior , e compra –lhe uns sapatinhos pretos de matar barata no canto da parede,
e uma camisete de folhos azuis, para exibir ao teu ex-sócio israelita, tão rico
como tu, e provar pra ele que tens uma
“gajita” bocó da roça com 24 para 25 anos e ainda por cima “brasuca “
Conte pra
ele com sorriso de barganhista que encontrou-a no aeroporto, ou restaurante, e
não se importe pois ela não percebe “puts’ do teu “portunhês”.
Ela tem olhos de “murcona”, só precisa de
comida e lugar pra ficar, para não gastar o que ganha.
Somos
os maiorais, podemos sonegar impostos, desviar
cargas, jogar documentos que nos comprometam no lixo, fechar fábricas, enganar
as finanças, trapacear a segurança social e fazer contrato de doméstica pra
estas pobres sem eira nem beira
Não vamos
esticar a prosa, aguardamos a mineirinha........
São umas
morta de fome que, nós por cá adoramos fazer de otárias e prometer o que nunca
tivemos , casar sem anel, casar sem
barraco, sem porra nenhuma pois elas nos amam pelo que somos ,não pelo que
temos, nem nunca teremos, que é a capacidade
para fazê-las feliz ,pois somos muito à frente, somos pioneiros e vivemos a
comer lulas, contar parolas e a
pensar que somos o “Cara” ,Oh, somos o Caralho de Asas.
Somos mesmo bons, não conseguimos ser gestores
então inventamos que somos construtores e damos o surrupio ao preto e vamos à China para que nos toquem um punheta
internacional.
E a
estúpida da gaja que tivemos uma aventura, que fodemos com força e nunca perguntamos se ela era feliz, perdeu os filhos que nem se quer merecíamos
Tê-los,ficou louca e foi pro Magalhães, mas nos queremos é ser
felizes, vamos levar as camas onde juramos amor eterno ,para a África , compradas de
segunda mão e lençóis esporrados por outras tantas, para passar a virada do ano em Benguela com uma gaja que nos chamou
de príncipe.
Não podemos
nos casar com brasucas ,pois somos
lords, “getlemans”, perfeitos, gostamos de pitas, putas e somos
putanheiros.
Somos civilizados, de bestas passamos à bestiais.
Oh caralho!!
Somos os bestiais!
Assinado:
António Zé de Souza
Recados de
Divã ,Madame Spilycute
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