Regresso
ao "Orfeuzinho". Daqui a três horas vou ver a Patti Smith, uma lenda
viva, a poeta do punk-rock. Aqui no "Orfeuzinho" há uma placa de
homenagem ao Manuel António Pina, grande poeta e cronista. Parava aqui.
Conheci-o pessoalmente. Quanto a mim, permaneço entre os vivos. Vou levando a
minha avante, apesar do pouco dinheiro. Observo as pessoas. Na cidade sempre há
mais variedade. Sou da cidade. Do movimento, das ruas, até dos carros e das
sirenes das ambulâncias. Como Pessoa, como Mário de Sá-Carneiro escrevo à mesa do café. Já tenho um certo
nome. Já dizem: olha o poeta! Ainda não escrevi a obra-prima, apenas a espaços.
No entanto, agora posso-me sentir mais tranquilo, agora posso dedicar-me
inteiramente à obra. Nunca mais terei de procurar outro trabalho. Sou poeta,
escritor, diseur, cronista. Pronto. É essa a minha profissão, a minha missão.
Contudo, devo falar mais, penetrar mais nos media, dirigir-me às pessoas. Devo
perder a timidez. Tenho coisas a dizer ao mundo. Tenho de falar às mulheres
belas. Dizer-lhes que há outra vida, outro caminho. Não as patranhas do
economês e da austeridade. Não o salve-se quem puder e o capitalismo. Sim,
outro homem, outra mulher, são possíveis. Não mais escravos, não mais macacos.
Sim, temos o poder do nosso pensamento, das nossas ideias e do nosso coração.
Se quisermos nada fará a nossa cabeça nunca mais. Estou aqui porque acredito.
Estou aqui porque sou. Estou aqui porque sou o meu próprio deus. Não me calas,
ó Passos! Não me calas, ó Cavaco! Não me calais, ó polícias! Não passais de um
bando de imbecis. Só que nós que temos sido cegos, como avisou Shakespeare. Mas
agora perdemos a vergonha, mas agora perdemos o medo. Agora somos nós os
senhores..
domingo, 7 de junho de 2015
sexta-feira, 5 de junho de 2015
ESCRAVOS
E as pessoas lá prosseguem a vidinha. Consomem. Trocam notas e moedas. Trocam palavras. Depois vão para casa consumir TV. Caminham alinhadas. Ainda têm sentimentos. Ainda não estão completamente mortas. Mas, na sua grande maioria, deixam-se dominar, controlar, governar. Deixam que o Governo e os capitalistas as governem em vez de se governarem a elas próprias. Deixam que outros decidam por elas. Muito raramente se revoltam. Têm medo dos papões e da peste. Não têm noção do poder que têm dentro delas próprias. Só celebram em dias marcados. Têm medo de se abrir ao desconhecido. Muitas delas levam uma vida de escravas, mesmo que ganhem algum dinheiro. Os patrões ocupam-lhes o tempo. Assim a vida não é vida.
quinta-feira, 4 de junho de 2015
DO SUICÍDIO E DO CAPITALISMO
O ano passado suicidaram-se quatro agentes da PSP. Em 2011 registaram-se sete suicídios nessa mesma instituição. É claro que numa profissão sujeita a tal desgaste, numa profissão que pratica a repressão tais comportamentos acabam por não surpreender. Se passas a vida a dar ordens e a cumprir ordens é evidente que nunca serás uma pessoa saudável. Obviamente que isto não se aplica só aos polícias. Aplica-se a muitos chefes e chefinhos e aos outros que, infelizmente, passam a vida a obedecer. Claro que não podemos condenar o indivíduo pelo acto do suicídio. Segundo a Organização Mundial de Saúde, há cerca de 804 mil casos de suicídio no mundo por ano, o que se traduz num suicida a cada 40 segundos e a cada dois segundos numa tentativa de suicídio. O suicídio afecta principalmente os jovens entre os 15 e os 29 anos. "Como é possível que um ser chamado à vida, o dom mais precioso que existe no universo, possa buscar a eliminação da própria vida?", pergunta Leonardo Boff. A verdade é que a sociedade capitalista é, em si mesma, repressiva e castradora. Leva os indivíduos a atropelarem-se, a treparem uns para cima dos outros em busca do emprego, da carreira, do estatuto. Leva os indivíduos a dividirem-se em guetos, em classes, em hierarquias. Leva os indivíduos a invejarem-se e a lutarem pelo poder e pelo dinheiro. Leva os indivíduos à maldade e à mercearia. Leva a que a vida perca o sentido. Daí que odiemos a sociedade capitalista e a queiramos derrubar custe o que custar.
terça-feira, 2 de junho de 2015
Penso e escrevo quando observo e ouço-Súrtica Fico!
São todas(os) fina prata, do mais alto nível,Oh! Bonifácio.
Não há nada a esconder ou a camuflar!
São Donas Belas Donas,Primas Donas!
São filhas de um ventre digno, que com certeza cuidou da terra e platou para comer, provavelmente são tão dignas como a filha do doutor ou a nora do juíz.
Mas eles são os homens do colarinho branco e caminham a fazer peito alto, sempre a passar a mão na gravata ou a arrumar o sinto, como se fossem!
Parece que são intocáveis, parece que são soberanos.
Os ares de talco pó de arroz, bem tratados, cara pálida!
As mãos são parecida com as mãos de um padre, de um pianista, de um violonista!
-Oh! Perdoa a minha "pseudomanianeurossistêmica", muitas vezes esqueço-me dos bons costumes, da ética, do protoloco, do acordo, dos desacordos, do lado A ou do lado BCD!
Meus pensamentos são tão vagos e sem nexo, ainda assim, alguém consegue interromper o que ando a tirar da inteligência amorfa, e assim, deparo-me a observar a fina conversa de um doutor, que se posiciona como ético, que se acha de boa procedência familiar.
Mediante o que ouço, faço o filme e me vejo como um verme perante aquele homem.
Será que sou um verme?
-Bahh!
Ao sentir me como uma bactéria, e ainda assim, consigo ativar a célula que despoleta o "mua pensamento", que retrata a minha indignação, ao criar o cenário do "senhor que manobra as leis".
O celular toca:
-Beautiful day....
O homem dentro daquele terno boss, preto e gravata vermelha mássimo, tal e qual um abutre de porta de prisa:
-O filho não é meu, sei lá, se vira nos trinta, ela que se dane!
O celular rasga no beco da avenida, ele ajeita a gravata:
-Beautiful daaaaayyy..uuuuu!
Enquanto o porteiro ou quem sabe o senhor do pão do outro lado:
-Ela esta caída nas escadas e parece que vai perder a criança!
O verme:
-Não volte a incomodar ou você vai apodrecer na cadeia.
Não há nada a esconder ou a camuflar!
São Donas Belas Donas,Primas Donas!
São filhas de um ventre digno, que com certeza cuidou da terra e platou para comer, provavelmente são tão dignas como a filha do doutor ou a nora do juíz.
Mas eles são os homens do colarinho branco e caminham a fazer peito alto, sempre a passar a mão na gravata ou a arrumar o sinto, como se fossem!
Parece que são intocáveis, parece que são soberanos.
Os ares de talco pó de arroz, bem tratados, cara pálida!
As mãos são parecida com as mãos de um padre, de um pianista, de um violonista!
-Oh! Perdoa a minha "pseudomanianeurossistêmica", muitas vezes esqueço-me dos bons costumes, da ética, do protoloco, do acordo, dos desacordos, do lado A ou do lado BCD!
Meus pensamentos são tão vagos e sem nexo, ainda assim, alguém consegue interromper o que ando a tirar da inteligência amorfa, e assim, deparo-me a observar a fina conversa de um doutor, que se posiciona como ético, que se acha de boa procedência familiar.
Mediante o que ouço, faço o filme e me vejo como um verme perante aquele homem.
Será que sou um verme?
-Bahh!
Ao sentir me como uma bactéria, e ainda assim, consigo ativar a célula que despoleta o "mua pensamento", que retrata a minha indignação, ao criar o cenário do "senhor que manobra as leis".
O celular toca:
-Beautiful day....
O homem dentro daquele terno boss, preto e gravata vermelha mássimo, tal e qual um abutre de porta de prisa:
-O filho não é meu, sei lá, se vira nos trinta, ela que se dane!
O celular rasga no beco da avenida, ele ajeita a gravata:
-Beautiful daaaaayyy..uuuuu!
Enquanto o porteiro ou quem sabe o senhor do pão do outro lado:
-Ela esta caída nas escadas e parece que vai perder a criança!
O verme:
-Não volte a incomodar ou você vai apodrecer na cadeia.
NEM ESTADO NEM POLÍCIAS
Na minha alma não há Estado nem polícias. Bailo no bosque com Dionisos e Zaratustra. Desejo as mulheres belas. A repressão não existe. Por isso sou eu próprio Deus. Não há políticos nem capitalistas. Tudo é livre, tudo é permitido. Posso embriagar-me noite fora. No meu cérebro não há impostos nem finanças. Tudo corre livre como nos risos da infância. O dinheiro não conta. Daí que vos olhe de cima. Já passei a fronteira. Já estou do lado de lá. Poucos me atingem. E vós que vos movimentais não passais de imagens, de criações minhas. Imitais-vos uns aos outros, trocais notas e moedas. Não estais no meu mundo.
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Filhos da Rua
Estes jovens querem e fazem o que os pais, os amigos,colegas e sociedade lhe enfiaram Guela abaixo.
Certamente o pai ou a mãe que é da elite ou do subúrbio, querem lhe proporcionar " o melhor", mas por acaso sabem o que é o melhor?
Um dia, não muito distante era bom ser um Escriba, pois não levariam com o sol na tola ou seriam os das "Lavouras", alguém dizia ao filho.
Hoje porém com tanta tecnologia, há quem pense que vai nascer comida no celular, na balada e nos aparelhos em um passe de mágica.
Será que ainda existem pessoas se formando em plantadores de sementes?
Será que ainda existe o Senhor ou a Senhora que consegue ler o tempo da chuva, do plantio bom, da boa lua?
O que andamos a plantar dentro nos nossos filhos?
Plantamos "pães de minuto",portanto, não poderemos querer colher doces frutos!
Energúmenos, Esquizóides,Túzaros são os espermatozóides e óvulos que se encontraram e se encontram, fizeram e fazem às 3 pancadelas estes indivíduos.
Sóis vóz os santos!
Somos nós os tantos!
Somos de todos os cantos, quem os gerou em noite de desforra, em noite de madrugada fétida, de uma trepadeira de alguns minutos e por uns trancos, trocos, um prato, um trato!
Pobre de nós!
Pobre de Ti!
Pobre e Podre!
Pobre de Mim!
Pobre do Povo que tem que ir ao tribunal,para assumir o alimento mensal da cria que foi gerada na gafieira, no fank, na ladeira, no carnaval, na noite do quebra pau, na esquina ou casa da bebedeira.
Pobre de muitos que preferem sumir nos musseques ou atestar na junta a pobreza de espírito.
O que estes "espermatohumanóides" poderiam ser?
O modelo projetado dos vossos, dos nossos atos, de uma noite na quebrada lambujeira.
Há quem continue a produzir este indivíduos, que não são filhos e sim obrigatórios rejeitos.
Quem são os produtores?
Quem são?
Quem são?????
Por que ainda há Progenitores?!;:,...#/0\
Certamente o pai ou a mãe que é da elite ou do subúrbio, querem lhe proporcionar " o melhor", mas por acaso sabem o que é o melhor?
Um dia, não muito distante era bom ser um Escriba, pois não levariam com o sol na tola ou seriam os das "Lavouras", alguém dizia ao filho.
Hoje porém com tanta tecnologia, há quem pense que vai nascer comida no celular, na balada e nos aparelhos em um passe de mágica.
Será que ainda existem pessoas se formando em plantadores de sementes?
Será que ainda existe o Senhor ou a Senhora que consegue ler o tempo da chuva, do plantio bom, da boa lua?
O que andamos a plantar dentro nos nossos filhos?
Plantamos "pães de minuto",portanto, não poderemos querer colher doces frutos!
Energúmenos, Esquizóides,Túzaros são os espermatozóides e óvulos que se encontraram e se encontram, fizeram e fazem às 3 pancadelas estes indivíduos.
Sóis vóz os santos!
Somos nós os tantos!
Somos de todos os cantos, quem os gerou em noite de desforra, em noite de madrugada fétida, de uma trepadeira de alguns minutos e por uns trancos, trocos, um prato, um trato!
Pobre de nós!
Pobre de Ti!
Pobre e Podre!
Pobre de Mim!
Pobre do Povo que tem que ir ao tribunal,para assumir o alimento mensal da cria que foi gerada na gafieira, no fank, na ladeira, no carnaval, na noite do quebra pau, na esquina ou casa da bebedeira.
Pobre de muitos que preferem sumir nos musseques ou atestar na junta a pobreza de espírito.
O que estes "espermatohumanóides" poderiam ser?
O modelo projetado dos vossos, dos nossos atos, de uma noite na quebrada lambujeira.
Há quem continue a produzir este indivíduos, que não são filhos e sim obrigatórios rejeitos.
Quem são os produtores?
Quem são?
Quem são?????
Por que ainda há Progenitores?!;:,...#/0\
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