quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Pura e Bela


Embriagada com a Chuva!

 Completamente embriagada de luz!

 Vestida de noite e com estrelas aos ombros.

 Bebo da fonte de Ulisses,mesmo sem saber se ele fez a barba ou não.

 Vestida me manta de  rosa vermelhas e coroa de flores frescas.
   Respiro o ar das montanhas de Tiradentes.
  Ouço os ventos das montanhas de Filipe dos Santos.
    Eu fico torpe, tão completamente embriagada de pensamentosque.
    Fumo meu pincel com  tinta vermelha a cobrir o corpo das minhas  Rainhas sem cabeças, com pele camaleônica.
     Embriago-me ao ver que hoje esta uma noite linda de Lua crescente.

     E não quero dormir ,porque que ouço os pingos e chuva no telhado.

     Convidanto -me para ir para a janela, ouvir e sentir o som  de cristal iluninando e perfumanto meus lírios amarelos.
 As roseiras brancas e puras!
   Fico bêbada, ao som da chuva e bem sei que  poucos fazem este ritual sagrado ,simplesmente ouvir e olhar a chuva.

 Eu sei que a terra molhada esta em festa, que todas as flores e borboletas estão celebrando.
 Embriago-me com o som dos ventos urográfricos.

Porque sei que vem vindo setembro,

 Vem vindo a Prima.

Vem vendo  a Primavera.

E vestirá os campos de cores, e os corações de amores!

Eu ,Poetisa da Fama

Eu,
A poetisa da fama.
A poetisa bendita,
Declaro, que  te chamo.
eu,
Que dou júbilos à Deus.
Que abençoei o
Sócrates!

Declaro, que te chamo!
eu,
 Que construo estátuas.

Que  gosto de  cavalos selvagens!

Declaro -te e chamo-te!

eu,

Que não tenho dinheiro,

Que gozei com todos os banqueiros.

Declaro-te e chamo-te!

 Eu,

Que fui ao céu, ao inferno e me perdi no Vilar do Paraíso!

Que deito fora os copos de bebida cara !

Que tenho multicérebos!

Declaro-te uma Guerra à favor da tua Paz!

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sábado, 22 de agosto de 2015

REVOLUÇÃO OU MORTE!

Como afirma Guy Debord, o lema "a revolução ou a morte" já não é a expressão lírica da consciência revoltada, é a última palavra do pensamento científico. Com efeito, o capitalismo não é reformável. O sistema odioso da predação, da competição, da corrida para que o capitalismo evoluiu nos nossos dias, associado ao poder das grandes corporações, dos bancos, da finança não tem cura dentro de si mesmo por muito que falem e façam os Syrizas, os PCP's, os Blocos de Esquerda. A única alternativa é, de facto, a revolução, a subversão total do sistema. Mesmo que sejamos poucos temos que acreditar. Não é mais possível viver numa sociedade onde o suicídio avança, tal como a pobreza e a miséria, numa sociedade de desigualdades gritantes, onde há um crescente mal-estar, onde o tédio e as doenças mentais são o pão-nosso de cada dia, onde os próprios sentimentos, o amor, a amizade caem na esquizofrenia. Não, eles estão a assassinar o homem. Roubam-nos a liberdade, o tempo e a vida. Impedem-nos de celebrar, de viver a vida. Não podemos permitir. É a nossa vida que eles jogam. Expulsemos esses fascistas da vida!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

EU, O POETA INFAME

Eu,
o poeta infame
o poeta maldito
declaro que te amo
eu,
que insultei Deus
que amaldiçoei
o primeiro-ministro
declaro que te amo
eu,
que derrubei estátuas
que incendeei carros
declaro que te amo
eu,
que queimei o dinheiro
que escarrei nos banqueiros
declaro que te amo
eu,
que estive no céu e no inferno
que bebi até cair
que rebentei o cérebro
declaro que te amo.