Façamos um Brinde
Tomar uma cevada no Lemos
para que eu saia a respirar como uma dona.
Por que sem pressão não há
poeta, nem prosa, nem paixão, sendo assim, o poeta morre afogado no beirão.
Não há o que gritar, mas
ainda assim o homem vira bicho.
O bicho já não quer ser
urso, nem águia nem leão.
Há troféu???
-Já não há troféu para
pesca de peixe espada.
Haveremos de contemplar com
troféu, se por acaso encontrarmos homem espada, de grandes forças, de barca, de
cavalo, de s pe dois, porém de espada
ajeitada.
O tango já não é
argentino, quer sassaricar em Amsterdão.
O verme que se arrastava
nas avenidas iluminadas do Kuito ,se sente em Milão.
A dama já não quer o luxo
parisiense, esta apaixonada pelos ares do gabão.
Se inferno deseja casar-se
com céu, que este, pelo menos, seja macho campeiro.
Que céu seja uma amazonas
pura, louca, madura, arraigada e boa nas estribeiras.
Ele que se mate de tanto
tentar lhe arrancar a doce e celeste pureza, e que ele não a canse, nem a desiluda
com espada de mentirinha.
Inferno que não fique, no
tal esconde-esconde.
Enviaremos um corisco à Herus,
anunciando a marcha nupcial.
Nestas mil semanas de
núpcias, que assim seja, caia de céu suco de uvas frescas, que os bramidos de
inferno, sejam como raios,perdendo o tino, o azimute a trotear a tal amazona
indomável e faceira.
Como castigo e praga, de
segunda à sexta-feira lançaremos aos eunucos orgasmos "neuromentais'.
Pangéicas ,
Fogosidades nas entranhas,
ardor de gengibre com doce de mel e murganheira.
A chuva de uvas frescas
continuarão a cair de céu e inferno se desfalecerá em transe. Como a maça no
licor de vinho madeira, como pimenta malagueta em molho de abacaxi e frutas da ribeira.
Sobremesa de sonhos
enrolados em canudo de macaxeira.
O mel a descer montanhas
abaixo, céu tombará inferno de tanta briga de penas .
Pauladas de ramos de
aroeira.
As noites serão mais
cálidas, onde raios brigarão para que céu chore vida na terra.
Inferno será sempre quente
e apaixonado pela doçura da noiva matreira, arrebatará como luz e frutos nas
flores de amendoeiras.
Trovejará nas madrugadas
calmas e zombeteiras.
Uivará como lobos nas
brenhas das cerejeiras.
Cantará como narcejo nos
noites frias e namoradeiras.
Somente depois que Hérus
pedir permissão aos deuses e sabatinar inferno tal como *Manda a lei*
Se inferno mata mosquito no
tapa.
Pesca peixe na fisga.
Mata galo na ponta de flecha.
Abre olho e não pisca.
Mata o inimigo no peito.
Não abandona a amada no
leito.
Cospe no chão e não seca.
Sente dor mas não grita.
Limpa o sibiloso com folha
urtiga.
Cura com fezes de taturana
cabelo de fogo, as feridas.
Tenha sangue na guelra.
Tenha pelo na venta.
Tenha voz e encanta.
Coma farinha com almíscar.
Lambe capim com urina de
formiga.
Espanta marimbondo
chumbinho com suor de subaqueira.
Mata piolho com suadeira.
Bebe água de regato.
Bebe leite na folha de
roseira ou direto da teta.
Toma banho e se esfrega com
lixa.
Mata cobra com cacete.
Que vá caminhando descalço,
de Aveiro até Cete .
Mata leão no porrete.
Cachorro no grito.
Come arroz com palito.
Empina pipa com espinho de
ouriço.
Dorme na ponta de espinho
de laranjeira.
Atravesse rio, correnteza e
mar no braço.
Pega libélula no laço.
Faça mariposa virar
borboleta.
Borboleta virar fada.
Fada virar mulher.
Mulher virar fada.
Que se livre do laço do
passarinheiro.
Que faça chover a cantar
debaixo do chuveiro.
Que seja novo, meia idade
ou velho.
Mas que saiba dar beijo.
Mas que saiba envergar o
aço.
Mas que saiba dar no couro.
Que saiba dar abraço.
Que tenha fé.
Saiba andar no fio do arame
farpado.
Que caia no fundo do poço
mas saia na base do regaço.
Que fale a língua dos
anjos.
Que reze a ladainha de
todos os santos.
Que caia em tentação e
tenha bom ânimo.
Que cante.
Que dance.
Que encante.
Que saiba colocar grão no
prato.
E que ao cuspir mate três
patos.
Sendo assim, talvez se
realize a cerimônia em terras da babilônia ou patagônia.
Quiça na Terra encantada
de Dona Cegonha.
Helaine Silva-01/03/16
Minas Gerais-
Recados de Madame Spilycute.
Gosto
Adoro
Riso
Surpresa
Tristeza
Ira
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