De facto, não tenho a eloquência de outros. Mas na escrita tenho. E volto a trilhar novos caminhos. Influências de Bukowski. De novo. A gaja da confeitaria é selvagem e excita-me. Para a semana venho cá beber uns copos. Que se fodam as chochas da outra confeitaria. A vida é para ser vivida. É claro que há dias em que estamos fodidos da cabeça. Trabalha, pequena, trabalha. Trabalha que eu não fui feito para trabalhar. Nem para ouvir os imbecis da TV. Nem os outros imbecis em geral. Trabalha que eu sou doido. Não parece mas sou doido. Há dias, noites, em que sigo a estrada do excesso. E aí não preciso de cobertura mediática. Sou completamente doido, completamente fora. Até as comentadoras desportivas me excitam. Vou continuar a beber. Que se foda. O que é que tenho a perder? Até a tua esfregona me excita. Merda, vou continuar a beber. Afinal, sou o tal poeta. O poeta das gajas. Quero lá saber das feministas. Na segunda vou buscar o cacau a Vila do Conde. No fundo, vou fazendo mais ou menos aquilo que quero. Só não suporto que tratem mal a minha menina. Estão sempre a tratar mal a minha menina. Filhos da puta. Se estivesse nas minhas mãos tratava-lhes da saúde. Mas eu sei que a puta da revolução vem aí. A puta da revolução vem aí e vamos ser vingados, menina. No entanto, ainda tenho uns minutos para permanecer contigo, mulher selvagem. Falaste-me do vento. É um começo. Não sabes quem sou. Nem o que represento. És solta. És selvagem. És espontânea. Amo-te, porra. Amo-te neste momento. Mesmo que não conheças Platão nem Nietzsche. Neste momento amo-te. Daqui a uns dias talvez te esqueça. Como te disse, sou louco. Tenho em mim a doença de Zaratustra. Amo as mulheres. Uma data delas. Não me chameis machista. Sou louco. Apenas louco, apenas poeta. Que se fodam os ponderados e as meias-medidas! Que se fodam os racionalistas! Eu sou do além, das alturas. Uma espécie de deus. Porque não? Antes sermos os nossos próprios deuses. Eu vou reinar. Eu vou triunfar. Nada me pára.
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